A festa.
Todos os anos, no dia 21 de Janeiro (um dia após a festa de São Sebastião) ,a Caipora desfila pelas ruas de Maraú dançando ao som de uma charanga e bebendo cachaça. Atrás dela seguem nativos, visitantes e turistas que dançam ao som do hino oficial da entidade.
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" A Caipora, a Caipora,
a Caipora pega gente e joga fora..."
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Nossa célebre conterrânea bota pra lá com seu visual "mega fashion" todo trabalhado nos cabelos de fogo e no vestido de chita. No entanto não contamos, obviamente, com sua presença no desfile oficial, já que essa está sempre muito ocupada com os assuntos da mata. Desfila pelas ruas da cidade uma alegoria quase indêntica a entidade, feita de cabeça de mamão com uma vela acesa dentro (estilo abóbora de Halloween) e um vestido de chita sobre uma armação de esteira. Dentro da alegoria vai o indivíduo que de fato bebe toda a cachaça.
A lenda
Não são poucas as pessoas que eu conheço que afirmam com vigor que a criatura de verdade existe . Segundo elas, a Caipora vive nas matas que rodeiam a cidade e volta e meia interage com população pregando peças e castigando os que maltratam a natureza. Nativos de Maraú, especialmente os mais antigos, relatam muitas histórias nas quais a Caipora aparece disfarçada de um parente ou conhecido do sujeito, embeleza-o faz com que se perca na mata, isso quando não bate com cipó e obriga-o comer coisinhas mortas.
Por ser desesperadamente adicta ao álcool e ao tabaco, a Caipora marauense só libera a sua vítima mediante a apresentação dessas "mercadorias".
Curiosidade: Em Maraú, chama-se de caipora a pessoa que bebe e fuma muito.
Embelezar = Encantar, enfeitiçar.
